A liturgia deste 19º domingo comum, ano B, mostra-nos um
Deus amoroso e misericordioso que nos acolhe e nos alimenta. Enquanto
peregrinamos neste mundo, estamos sedentos e famintos não só de pão material,
mas do pão da justiça, da alegria, da fraternidade, enfim, do pão espiritual,
do pão de Deus. O catecismo da Igreja
católica diz que dentro do homem existe um vazio do tamanho de Deus. É
exatamente dessa fome que mais padecemos. O profeta Elias na primeira leitura é
uma testemunha deste amor de Deus para conosco. “Elias levantou-se, comeu e
bebeu, e com a força desse alimento andou quarenta dias e quarenta noites...”.
No Evangelho, Jesus nos diz: “Eu sou o pão que desceu do céu. Eu sou o pão da
vida. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”. Ora,
Jesus é o alimento com que o Pai nos alimenta a cada dia, por isso rezamos na
oração do Pai-nosso: “Panem nostrum cotidianum da nobis hodie”. O pão nosso de
cada dia: Jesus é o alimento que nos fortalece na caminhada. Aquele pão com que
Elias se alimentou, e dizia-nos a leitura: “com a força deste alimento chegou
até o monte Horeb”. Esse alimento prefigurava a Eucaristia, Jesus é o nosso pão
cotidiano, o pão dos anjos, o pão do céu, “banquete pascal em que Cristo é
recebido como alimento, o espírito é cumulado de graça e nos é dado o penhor da
glória futura” (SC 47).
Alimentados pelo corpo do Senhor, vivamos como verdadeiros
irmãos, nos diz o Apóstolo na segunda leitura, evitando irritação, amargura,
cólera, injurias, toda espécie de maldade. Sejamos bons, compassivos. Imitemos
o amor de Cristo, que por nós entregou sua vida em sacrifício puríssimo.
Padre Carlos Daniel
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