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sábado, 4 de julho de 2015

14º domingo do tempo comum- 05/07/15


Caríssimos irmãos e irmãs, com alegria estamos celebrando o 14º domingo do tempo comum. Nesta ocasião, celebramos a “Missão de Férias”, realizada em nossa paróquia nos dias 03, 04 e 05 de julho de 2015. A liturgia de hoje nos diz que o Senhor continua a nos chamar para que sejamos as suas testemunhas no mundo. Deus esconde a sua onipotência sob os véus da humildade, manifesta a sua grandeza por meio da fraqueza e da pequenez, mostra que é o Deus do impossível, que pode tudo através da simplicidade e humildade de Jesus de Nazaré.
Na primeira leitura, escutamos o relato da vocação de Ezequiel, profeta da esperança que conduziu o povo no período do exílio. “Ouvi então Alguém que me dizia: Filho do homem, Eu te envio aos filhos de Israel”. Essa expressão em hebraico significa homem fraco, mortal. O Apóstolo, na segunda leitura, nos mostra grande autoconhecimento e humildade: “Para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me deixado um espinho na carne, - um anjo de Satanás que me esbofeteia-para que não me orgulhe”. Ele, na sua humildade reconhece a sua fraqueza, mas mesmo diante dela, foi ele a quem Deus chamou e enviou para dar testemunho de Cristo. O Senhor Jesus, na sua humildade nasce na pobreza de um estábulo em Belém, convive com Maria e José na maior simplicidade em Nazaré, território agrícola que nunca teve importância para o judaísmo, e quase nunca é citado no Antigo Testamento, nem pelos escritores da época. Jesus escolhe nascer e viver nesta humildade, contudo não é reconhecido como Deus nem pelos seus familiares. Eles o chamam carpinteiro, filho de Maria... Ao longo da história Deus tem se manifestado aos fracos, aos simples. Ao chamar discípulos para os seguirem, chamou pescadores. Em Lourdes, Nossa Senhora escolhe aparecer a uma pobre menina iletrada, Bernadete Soubirous, na gruta de Massabielle, uma gruta cheia de lixo e fezes de porcos. Em Fátima, aparece a três pastorinhos, crianças pobres; em Aparecida, a pescadores...
O que é interessante no Evangelho de hoje é a atitude de fechamento a Deus e a não correspondência a este amor. Tenta-se calar uma voz profética. “O profeta é aquele que provoca um desconforto. Ele é um desafio que Deus lança ao povo. O profeta é Deus quem impõe seu estilo e seu ‘passo’ ao homem, obrigando-o a quebrar o ritmo do próprio passo; o profeta por isso é a novidade de Deus, é o imprevisto, é a mudança. Mas as pessoas não gostam da novidade, ou melhor, gostam de novidade, não nelas, mas ao redor delas. As pessoas se protegem de todo jeito para não mudar. Apelam para o passado, para a segurança, para a tranquilidade e a segurança que dão as coisas que sempre foram feitas; Quem é este que quer revolucionar as coisas? Que necessidade de mudar? Sempre se fez assim!” Cf. CANTALAMESSA, Frei Raniero. Pregador da Casa Pontifícia. O Verbo se fez carne. Ave-Maria, São Paulo, 2013.
É assim que acontece muitas vezes em nossas comunidades. Não se quer acolher o novo, o profético. As pessoas estão na zona de conforto. Apegadas aos seus cargos, a sua maneira de pensar e agir. Se alguém diz: “neste ano, vamos fazer determinada coisa na festa do padroeiro.” Quem está apegado ao cargo diz: Quem é esse que já quer ditar o que deve ser feito por aqui? Que ideias são essas? Nós temos aqui uma tradição de 20 anos. Quem é esse para querer quebrar essa tradição? Esse aí, não sabe nem como é que funciona a pastoral. Não é nem da comunidade, só frequenta a missa. “Nós não estamos precisando de ajuda, já está tudo acertado.”

Paulo nos mostrou que a força de Deus se manifesta na fraqueza. Na eucaristia, que iremos daqui a pouco comungar, vemos que Jesus não quis permanecer numa rica iguaria, mas no Pão, alimento humilde presente em todas as mesas.
Padre Carlo Daniel 

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